Refrigerante x Saúde do Atleta

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Já ouvimos várias pessoas falando que o refrigerante não faz bem, não é mesmo? Mas que tal ler as palavras de uma especialista no assunto?

O blog culturabike.com.br publicou uma matéria super legal sobre o assunto. E como informação de qualidade é muito importante pra todos, resolvemos trazer o assunto também aos nossos seguidores. Veja abaixo:

Por Louise F.L. Kovaleski.

“Gostosos, doces e a ilusão da refrescância, porém um engano ao corpo humano e danos aos esportistas que os consomem. Tanto no esporte amador quanto no profissional, com destaque no ciclismo, nos deparamos com a ingestão frequente dessas bebidas vistas como inocentes, devido ao sabor e o maravilhoso marketing empregado. Vamos começar falando da atração do sabor por conta dos ingredientes:”

“Sódio: A falsa sensação de refrescância vem do cloreto de sódio (sódio –“sal”). Precisamos de sódio, no entanto, ele diminui a sensibilidade ao doce, e nos refrigerantes há grande quantidade de sódio acompanhada pela deliciosa sacarose (carboidrato – “açúcar”.) em excesso, que trará a falsa sensação de refrescância acompanhada de mais sede, ou seja, outro refrigerante. Fora o processo de sequestro de cálcio e outros minerais provocados pelo excesso de sódio contido na bebida, que serão citados mais adiante no acido fosfórico.”

“Água gaseificada: As águas com gás tem pH mais ácido, o que pode ter efeitos deletérios ao corpo pela acidificação do pH do nosso sangue. A acidificação sanguínea pode provocar retardo no crescimento em crianças, redução da massa óssea e muscular em qualquer idade e formação de cálculos renais. Portanto, o pH do sangue levemente alcalino é o pH ideal para manter a boa saúde, já que o pH sanguíneo varia entre 7,35 à 7,45.”

“Extrato de noz de cola: a substância “saudável” da bebida, gerando a falsa ilusão de que a bebida tem algo de “bom”, pois quem a ingere acredita que o gosto vem deste extrato (sem gosto e cheiro).”

“Corante caramelo: O corante caramelo é uma mistura de vários compostos obtidos pelo aquecimento de carboidratos (glucose ou frutose – xaropes de glucose, sacarose e/ou açúcares invertidos e dextrose) que sob pressão e temperaturas controladas, na presença ou não de reagentes químicos se converte neste composto. O comumente utilizado em refrigerantes é caramelo IV (caramelo sulfito amônia), conhecido como INS 150d. Altos níveis de consumo dessa substância (4-metilimidazol  ou 4-MEI) que se forma a partir da utilização de amônia ou sulfitos na produção do mesmo, pode ser cancerígena (estudada em animais). Nos últimos anos, o consumo do tipo Double-strenght (DS), um tipo de caramelo IV, que colorem em diferentes gamas de cor, vem sendo usado em bebidas dietéticas em quantidades significativas, mas o mais importante foram as reduções de custos deste para sua crescente utilização, tudo para alcançar a tonalidade desejada. Este corante é a mesma substância utilizada em alguns agrotóxicos mas exerce sua função colorindo “os olhos do consumidor”.”

“Acido fosfórico (Acidulante INS338): esse é utilizado principalmente nos refrigerantes a base de cola, com outras utilidades na indústria como protetor de metais e/ou removedores de ferrugem, fabricar vidros tinturaria e alimentos. Eis mais um grande vilão contra o cálcio (desmineralizante potente). Graças a este ativo conseguimos ingerir essas bebidas, pois nausearíamos com facilidade pela alta carga de açúcar (aproximadamente 10 colheres de açúcar por latinha), porém ele quebra o efeito da “absorção” açúcar por excesso de produção insulínica (hormônio que leva o açúcar ao músculo) e este açúcar se converte em gordura pelo fígado (órgão especialmente prejudicado).”

“Acidulantes e Aromatizantes: conferem funções similares, modificam sabores como os açúcares e  imitam sabores de frutas com sabor gridoce e/ou ácidas.”

“Cafeína: em aproximadamente 40 minutos a cafeína absorvida provoca uma reação orgânica potencializada, ocorrendo um aumento na produção de dopamina (sensação de prazer) a mesma substância liberada pela HEROÍNA. Possíveis consequências acontecem neste conjunto, pois há uma ligação entre o ácido fosfórico, o zinco, o cálcio e o magnésio, como a incidência de pedras nos rins, o aumento a da excreção desses minerais na urina, provocando uma cascata de desequilíbrios orgânicos. A cafeína inibe o hormônio antidiurético, consequentemente aumentando a diurese, baixa do açúcar e aumentando a excreção destes minerais no organismo.”

“Então além de “prazer momentâneo”, a busca por repetir o consumo de mais refrigerante ou outros doces se torna uma luta, alem da irritação como efeito rebote caso o organismo não consiga isto. Com uma dose alta os receptores de adenosina sofrem um bloqueio e há um leve aumento da pressão arterial.”

“Ufaa … Acreditem isso é apenas uma prévia dos problemas que esse tipo de “alimento” ou “caloria vazia” pode ocasionar. Escolhas saudáveis são sempre as melhores opções para qualidade de vida e desempenho no esporte, por prazer ou por um melhor condicionamento físico.”

“Eu sou Embaixadora e Atleta Culturabike.”

“Meu nome é Louise F.L. Kovaleski graduada em Nutrição, Pós Graduada em Nutrição Clínica e Estética com ênfase em: Estética Aplicada ao Envelhecimento Cutâneo, Dermatologia e Cirurgia Estética pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde – IPGS – Porto Alegre – RS. Pós Graduada em Nutrição Clínica e Esportiva pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde – IPGS – Porto Alegre – RS. Assessorei a Pós Graduação de Gestão em Alimentação e Nutrição – IPGS em Chapecó -SC. Fui Monitora da Pós-graduação em Nutrição Clínica e Esportiva – IPGS em Porto Alegre – RS. Formada pela The International Society for the Advancement of Kinanthropometry – ISAK – Santa Maria -RS. Aperfeiçoamento em Nutrição Clínica Anti-Aging, Tratamento de Obesidade e Síndrome Metabólica – Brasil Academy of Anti-Aging & Regenerative Medicine – BARM – Buenos Aires – ARGENTINA. Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição -ASBRAN. Membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Estética-SBNE”

 

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